Viagem de Bruxelas para Curitiba
Viagem de Bruxelas para Curitiba
Veja o texto anterior: Oitavo e último dia em Bruxelas.
Despachei a minha mala no balcão da Lufthansa e fui para o portão de embarque. Na esteira a mulher pediu para abrir a mochila que ela queria dar uma olhada mais minunciosa, e falei que tudo bem. Ela olhou e liberou.
Embarquei e o vôo saiu no horário previsto (15:05) para Frankfurt. A viagem foi tranquila e durante o vôo tomei uma cerveja alemã. Cheguei em Frankfurt às 15:55 e o vôo para São Paulo era só às 22h. Eu havia pesquisado antes se dava para passear em Frankfurt durante uma escala de seis horas e lí que dava para ir até o centro de metrô. Mas eu tava tão cansado das caminhadas dos dias anteriores e de puxar a mala do hostel até o aeroporto que acabei desistindo da ideia. Então resolvi ficar as seis horas por lá mesmo.
Desembarquei e tome andar até a alfândega pra fazer a saída. O aeroporto é gigante, então tive que andar bastante. Não havia fila do balcão da alfândega e já fui atendido. Passaporte carimbado, e tome andar mais um tanto pra chegar na esteira antes de acessar a área de embarque. Minha outra bolsa foi selecionada para a revista então demorei uns 20 minutos na esteira porque tive que esperar o pessoal terminar a revista das bagegens de um grupo de gurias que pareciam russas pela língua que estavam falando. Na minha bolsa o segurança queria ver se a minha garrafa térmica estava vazia, e estava. Para quem não sabe, é proibido passar pela esteira com mais de 100ml de líquido para vôos internacionais.
Passei pela esteira e tome andar mais até o portão de embarque. Devo ter levado quase uma hora do desembarque até chegar nesse portão. Ainda bem que resolvi não sair do aeroporto.
Enquanto esperava o embarque, escrevi dois textos que estavam atrasados para o blog, comi o sanduiche que eu havia comprado junto com a salada no Carrefour na estação de ônibus em Bruxelas, tentei ajudar um brasileiro que veio pedir o carregador para celular emprestado mas não deu certo porque o conector dele era diferente, e esperei…
Resolvi adotar uma tática para escolher a poltrona nos vôos internacionais nos aviões grandes. Os aviões tem 3 fileiras de poltronas: ABC DEFG HIJ. Se eu escolher a poltrona da janela (A ou J) e quiser levantar para ir no banheiro, terei que acordar 2 pessoas (BC ou HI). Se eu escolher a poltrona do meio (B ou I) serei acordado pela pessoa da janela (A ou J) e terei que acordar a pessoa do corredor (C ou H). Então a melhor fileira é a do meio, nunca as fileiras dos cantos. Se eu escolher o corredor (D ou G) serei acordado por apenas uma pessoa (E ou F), e se eu escolher a poltrona do meio (E ou F) terei que acordar apenas uma pessoa (D ou G). Então a melhor poltrona é a do corredor (D ou G) porque tem mais espaço pro lado no corredor e não preciso acordar ninguém para levantar quando quiser.
Na ida e na volta peguei a poltrona G. Na ida as poltronas do meio eram 3, então como tinha um casal nas duas outras poltronas, o cara do meu lado não me pediu pra levantar nenhuma vez porque ele pedia pra mulher levantar. Na volta a guria que tava do meu lado só pediu pra levantar uma vez e mesmo assim eu tava acordado assistindo um filme.
A viagem de Frankfurt para São Paulo também foi tranquila. No jantar tomei dois copos de vinho branco pra dar uma relaxada :-) Uma das comissárias era alemã e queria falar com os passageiros em português. Então era engraçado ela falando algumas coisas. Como ví que ela tava querendo praticar, comecei a pedir as coisas em português. Uma hora ela perguntou pro comissário brasileiro como perguntava que bebida o passageiro queria, e ele ficou um tempo tentanto fazer ela decorar “o que o você gostaria de beber?” até que ele foi diminuindo a frase até chegar em “quer beber?”.
Cheguei em São Paulo às 6h da manhã. Peguei a mala, passei pela alfândega (novamente não fui selecionado para mostrar a bagagem) e fui despachar no balcão da Latam mas tava um caos de gente! Acho que tinham chegado vários vôos e tava uma confusão de filas, o pessoal da Latam na correria, uma confusão danada. Consegui despachar minha mala às 7:20 e fui pro portão de embarque porque meu vôo para Curitiba saia às 8:30.
Uma coisa irritante nos aeroportos do Brasil é a gritaria do pessoal que trabalha neles. Na esteira o pessoal gritando “próximo”, ou para o pessoal tirar o notebook das bolsas, e mais outras coisas. No balcão de embarque é outra gritaria para formar as filas, mostrar um documento com foto, etc. Daqui a pouco alguém começa a gritar nos autofalantes a chamada para o vôo tal. Isso é bastante estressante e só cria um clima de desespero quando eu acho que deveria ser mais tranquilo. E parece que tudo tá sempre atrasado, e as pessoas são tratadas feito bichos. Sei lá, isso só cria um ambiente hostil.
Cheguei em Curitiba às 9:55, 20 minutos além do previsto porque a saída de São Paulo (pra variar) demorou um pouco. E finalmente cheguei em casa :-)
Toda a viagem foi ótima, as experiências que vivi, a oportunidade de voltar a Europa, as pessoas que conheci ou reencontrei, as conversas que tive sobre Debian e outros assuntos, os lugares que visitei.
Minhas fotos estão aqui
Se você leio meus textos e chegou até aqui, obrigado por me acompanhar. Espero poder escrever sobre outras viagens no futuro porque foi legal voltar a falar sobre as minhas experiências depois de tantos anos.