Sétimo dia em Bruxelas

Veja o texto anterior: Sexto dia em Bruxelas.

E lá fui eu de novo para o Royal Military Museum (War Heritage Institute) pela manhã.

Bruxelas

Cheguei lá por volta das 11:20, paguei os € 10,00 de entrada e foi incrível! Fiquei 3 horas no museu. Havia uma nova exposição chamada War-Occupation-Liberation que foca na 2a guerra.

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Andei na área que eu não havia visitado ano passado que mostra armaduras e armas bem antigas. E ainda uma área sobre a época do Napoleão.

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E fui no topo do prédio para uma área panorâmica que dá pra ver a cidade. Mas estava chuviscando, ventando e muito frio, por isso não deu pra ficar muito tempo lá em cima. Fiz fotos dos dois lados da Praça do Cinquentenário.

Bruxelas

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O legal de visitar um museu da guerra é ver o quanto o ser humano é, desde sempre, transtornado o suficiente para criar tantas formas de matar e destruir. Seja com espadas, lanças, revolvéres, espingardas, metralhadoras, aviões, tanques, bombas, mísseis, balas, canhões, enfim, a gente sempre dá um jeito de evoluir e fazer pior.

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A entrada para cada um dos três muses (Royal Military, Autoworld e Art & History) custa € 10,00. Mas tem uma promoção por € 22,00 que você pode visitar os três museus. Esse ingresso é válido por três meses, veja no final dessa página

Saí do museu às 14h com fome. Lembrei que no ano passado havíamos almoçado em um restaurante italiano ali perto, do outro lado da Praça do Cinquentenário perto no prédio da União Europeia. Então fui ver se ainda estava aberto mas não estava. Então vi um restaurante com uma placa escrito € 17,50 com buffet livre e pensei “é nesse que eu vou!”. Nem vi qual era o tipo da comida e entrei. O buffet era de comida libanesa e parecia muito boa com arroz, carne, frango, salada, etc. A comida estava mesmo muito boa e fiz valer os 17,50 :-)

Saí do restaurante e fui andando para a House of European History que ficava alí perto. Durante o FOSDEM o Samuel havia me dito que tinha visitado um lugar legal da Europa e feito um tour lá dentro, eu me confundi achando que essa Casa da História Europeia, mas depois ele me disse que foi no Parlamento Europeu, que é outro lugar. Mas tudo bem, o passeio foi muito legal.

Não é cobrado ingresso, na entrada você recebe um tablet que você pode escolher a língua, incluíndo portuquês de Portugal. Então você vai do primeiro até o quinto andar olhando a exposição. Em cada andar existem as descrições escritas e faladas no tablet dos objetos e imagens que você está vendo naquele momento. Começa pela pré-história da Europa, passa pela 1a e pela 2a guerra, pelo pós-guerra, pela guerra fria, pelo início da criação da União Europeia, e a situação atual. Me chamou a atenção o destaque, geralmente negativo, que eles dão para o comunismo na Rússia antes, durante e depois da 2a guerra.

Pensando no que eu ví no Royal Military Museum e na House of European History, dá pra ver que a Europa é marcada pelos conflitos e guerras, com destaque principalmente para a 2a guerra.

Fiquei mais de uma hora por lá e saí quando já estava fechando às 18h. Fui de metrô para o centro fazer um último passeio. Fui dena loja da Media Markt que fica no centro, e ela é maior do que a que fica no Docxs. Comprei um fone da Sony por € 10,00 que tava na promoção, o modelo mais simples. Passei no Carrefour pra comprar croissant pra jantar e fui pro hostel. De novo eu tava muito cansado de andar e ficar em pé.

Cheguei no hostel por volta das 20h e fui arrumar a mala. No outro dia eu queria acordar mais tarde e descansar o máximo possível porque o checkout era às 10h e meu vôo às 15:05. Uma blusa que eu havia deixado no armário havia sumido. No quarto já tinha mais três pessoas novas, e um cara que dormia lá e que eu tinha visto que também trabalhava no hostel. Ele tava dormindo nesse momento. Fui na recepção perguntar se a pessoa que limpava o quarto não teria deixado a blusa lá, e por incrível que pareça, o cara não fava inglês, apenas francês com sotaque russo. Achei um absurdo o que cara na recepção não falar inglês e fui ficando irritado. Ele me respondia em francês como se eu tivesse entendendo, até que ele chamou alguém pra ajudar. Expliquei a situação e o cara me disse que existem os armários para os hóspedes trancarem com cadeado justamente pra evitar o roubo das coisas.

Voltei pro quarto e me convenci que tinham levado a blusa. Depois de uns minutos arrumando a mala, o cara que tava dormindo e que travalhava no hostel acordou e quando olho, ele tava usando a minha blusa! Falei pra ele que a blusa era minha e ele disse que se confundiu porque tinha uma igual. Falei ok, e fique esperando ele me devolver para eu guardar. Então, antes de tirar a blusa, ele perguntou se eu queria mesmo a blusa, e eu disse que sim. Quando ele tirou, a blusa tava fedendo a suvaco, só peguei e guardei dentro de uma sacola.

Alias, isso é uma coisa bastante comum por aqui: pessoas fedendo a suvaco. Não sei o que acontece, se o pessoal realmente não gosta de tomar banho, ou se não usam desodorante. Mas é normal sentir esse cheiro no trem, nas lojas, etc.

Outra coisa é que em Bruxelas as pessoas falam holandês e principalmente francês. Em muitas ocasiões foi difícil me comunicar em inglês. E percebi que os imigrantes turcos, libaneses e de outros lugares daquela região falam apenas francês e nada de inglês. Essa falta de entendimento em inglês aconteceu muito nos restaurantes, mercadinhos e lanchonetes que fui.

Voltando para a arrumação da mala, enrolei as garrafas de cerveja nas roupas, e quando coloquei todas as coisas dentro da mala e pesei, deu 30kg! O permitido era 23kg, então eu ia ter que dar um jeito de tirar 7kg. Tirei os chocolates (1,7kg) e coloquei numa caixa, tirei os tênis e coloquei junto com algumas roupas na outra bolsa. Então tive que levar na mão a mochila, a caixa com chocolates e a bolsa. Joguei fora os adesivos que eu tinha pego no FOSDEM. Deu pra ver que a mala ainda estava com mais de 23kg e o jeito era tentar a sorte na hora de despachar.

Fui dormir cansado mas feliz por todos esses dias que passei em Bruxelas. Eu havia ficado na dúvida se aproveitaria os dois dias para passear em Bruxelas ou se iria para um evento chamado Config Management Camp focado em DevOps que aconteceria na cidade de Ghent. A cidade fica a 30 minutos de trem de Bruxelas e pelo que vi é um evento muito legal e gratuito. Cheguei a me inscrever e pensei em ir na terça-feira. Mas como não deu certo ir no museu da guerra na segunda e fui na terça, acabei desistindo de ir nesse evento.

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